Blog
Alguns pensamentos random. A maioria migrado/separado do meu site pois não cabem no contexto técnico/opensource/Unix/BSD. Entradas relacionadas aos cantões estão indexadas. Outos estão só postados. Algumas referências a artigos externos podem ocorrer ocasionalmente especialmente a critério de backup frente ao local originalmente publicado. Alguns conteúdos não são de minha autoria, exclusiva, podendo ser co-autor, convite ou apenas algo interessante do hackers for liberty (HFL) ou LNC.Auto listing:
- (201303112018) [ L ] Hoppe no Brasil: as 4 leis de Hoppe, e uma reflexão das 3 regras dos cantões #cantoes
- (201303151117) [ L ] Highlights dos Cantões Brasileiros #cantoes
- (201304042022) [ L ] A estrutura fundamental dos cantões já é testada e validada. #cantoes
- (201910202132) [ L ] Justificação acerca do sufrágio inerente #cantoes
Hoppe no Brasil: as 4 leis de Hoppe, e uma reflexão das 3 regras dos cantões #cantoes
Wed, Mar 13 2013 20:18h - by tracanelli
(postado originalmente em www.tracanelli.com.br em 11/03/2013)
Em Abril de 2011, estive no CIEE de Porto Alegre, ocasião em que Hoppe esteve no Brasil para um evento promovido pelo IMB, e participou do "II Seminário de Escola Austríaca" onde discorreu sobre uma proposta de sociedade de leis privadas contra leis públicas. O que me chamou atenção foi a clareza com que o H3 define as quatro primeiras regras que definir uma sociedade, são de fato, 4 sugestões de leis pra estabelecer qualquer estrutura social baseada na ética libertária, ele propõe:
1) autopropriedade
2) homestead
(...)
Leia mais...
Homestead e Direitos dos Animais
Thu, Mar 14 2013 21:21h - by tracanelli
Pensando sobre a fundamentação do homestead como segunda lei na proposta do Hoppe, com base no que postei anteriormente, retomei a leitura sobre como Locke e a Rand tratam o assunto, sobre como o homestead pode não se desenvolver integralmente e se sagrar por completo em alguns casos. Há uma lógica clara, que não chega a ser jusracional, mas o direito natural Lockeano permite uma interpretação sobre direitos animais que apresento a seguir.
Retomando a partir do que elaborei no post anterior, ocasião da participação do H3 no II Seminário de Escola Austríaca em Porto Alegre, coloquei que na percepção do filósofo liberal John Locke, homestead depois de estabelecido, tem que se provar realmente necessário. É por meio de estabelecer produção e condições de subsistência, como construir uma cabana ou proteção contra intempéries climáticas, estabelecer plantio, agricultura, para sua alimentação e autosuficiência. Estabelecer condições, de saneamento mínimas conseguindo água potável e separar esgoto afim de evitar doenças, etc, que se estabelece de fato a comprovação da propriedade autentica do território, dos bens ali produzidos e os recursos naturais ali explorados.
Inclusive é com base nessa ótica, nesse entendimento perene e indiscutível do jus-naturalismo de base Lockeana, que colocado pelo próprio John Locke e também pela Ayn Rand posso derivar que animais, como cachorros, cavalos e outros, não estabelecem homestead por completo, mas estabelecem um nível primário de homestead. Sob essa ótica eu defendo que é provavelmente ético (sim, provavelmente ético, não apenas moral) buscar garantir que animais tem sim um nível de direitos minimamente compatíveis com os direitos naturais dos homens. Mas só um subconjunto e não direitos completos.
Animais, são o primeiro a estabelecer controle e ocupar o recurso escasso que são seus corpos. Animais delimitam seu recurso escasso, seu corpo. Vão latir, rosnar, ou fugir, de agressões contra sua "autopropriedade" parcial. Animais vão reagir e tentar defender essa propriedade controlada e delimitada, buscando morder, dar rabada, coice, o que for necessário para defender seu mais importante recurso escasso: seu eu (self). Dessa forma existe a indiscutível obrigação, senão ética, mas moral, de coibir e boicotar agressões e crueldades contra animais. Animais não tem autopropriedade por completo, auto-propriedade de fato, porque não conseguem ir além. Não consegue estabelecer homestead além do próprio corpo, não conseguem plantar, produzir, extrair da natureza de forma auto-suficiente e sustentável recursos pra subsistência e sua proteção. E principalmente não conseguem respeitar a autopropriedade ou propriedade de outros animais, mesmo de mesma classe ontológica. Alguns animais vão atacar e agredir outros de mesma espécie para roubar sua comida. As vezes até mesmo como primeira opção, não apenas em casos extremos. Há instinto, mas não há capacidade de cognição pra discernir direitos, limites, e não iniciação de agressão como regra.
(...)
Leia mais...
Highlights dos Cantões Brasileiros #cantoes
Fri, May 15 2013 11:17h - by tracanelli [updated 20/10/2018]
O que faz os Cantões Brasileiros ser uma boa ideia, é viabilizar:
- Secessão de fato: sem os traumas do separatismo;
- Remoção física qualificada: incompatibilidade de valores éticos/morais; ideologia política; boicote; remoção física autodeterminada (voluntária), não apenas punitiva;
(...)
Leia mais...
A estrutura fundamental dos cantões já é testada e validada. #cantoes
Apr 4 2013 20:22h - by tracanelli
Parte da estrutura fundamental que constitui a base para a proposta dos cantões brasileiros já é testada e validada, todos os dias, há muitos anos. Embora essa validação aconteça em uma proporção ampla, em escala de nações, e a proposta dos cantões brasileiros seja em um nível arbitrário de proporção, havendo cantões consideravelmente menores, e havendo liberdade em níveis extremos: a individual. Níveis esses que a propósito, é a liberdade natural que todo indivíduo detém; tendo sido tolhida ao longo dos anos por positivismo restritivo em forma de regras e leis juspositivas, frente a valores jusnaturais ou jusracionais.
Portanto não é uma proposta nova, ao contrário, é uma correção das distorções geradas pela forma atual do estado juspositivista entrópico, desvario, que o país se tornou.
A relação atual entre as nações já é similar a proposta pelos cantões brasileiros. E de muitas formas também próxima a uma abordagem proposta pelos valores libertários que embasam ideologias anarco-capitalistas. Considere que as nações no mundo inteiro são, em sua quase totalidade, nações soberanas, território contíguos estabelecidos a partir de um território original ou parte dele, territórios delimitados, controlados por pessoas em alguma estrutura de organização desse controle, e que defendem e protegem esse território de sua propriedade de agressões e ameaças, externas e internas. E com base nessa soberania e controle desse território, estabelecem propriedade, geram bens, riquezas e valores a partir do controle dessas propriedades, e alcançam sustento e existência, produção de riquezas e regras de convívio naquela nação. Essencialmente descrevi parte do homestead, de John Locke.
(...)
Leia mais...
Criptomoedas (btc) e o Teorema da Regressão de Mises.
Wed, Apr 24 2013, 20:23h - by eksffa
Hoje o bitcoin derreteu. Saiu até na Forbes. Mas não me importo, meu preço de venda é 8k dólares pra comprar uma Bombardier Can-Am Spyder, depois o outro btc que eu tenho vou carregar pro resto da vida ou até ele pagar um Mustang Mach-1. Ai eu vendo sem peso na consciência pois sei que meus netos jamais vão me julgar por vender 1btc e ter um Mach-1, nunca saberei qual deles terá se valorizado mais daqui 2 gerações, mas meus sucessores vão decidir se fiz ou não bom negócio.
Mas uma consideração que me ocorreu, agora que o bitcoin está muito valorizado, mas abaixo do que eu avalio ser o potencial real da moeda, devido a sua característica deflacionário e não impressão para promover circulação artificial para compensar os btc eventualmente poupados ou perdidos pra sempre - um tanto de gente dando rm -rf
em carteira, ou perdendo senha de criptografia, ou perdendo discos rígidos sem backup huehuehuah.
Me ocorreu então, será que bitcoin e criptomoedas de fato, deveriam mesmo ser usadas como... moedas? É uma moeda que passa nos fundamentos base da economia? Retomando o Teorema da Regressão de Mises, me perguntei, o teorema refuta de alguma forma o uso de btc e criptomoedas como moeda de fato, plausível em uma economia madura e consolidada?
Pra quem não conhece o Teorema da Regressão, um resumo rápido e didático: nenhum valor pode haver em uma moeda, e ser utilizada como dinheiro, sem que antes ela já tenha obtido algum valor como mercadoria, uma utilidade no mercado outra que não, servir como moeda. Qualquer que seja a moeda, é preciso antes ter tido algum uso como mercadoria, para só então passar a ter valor e funcionar como dinheiro.
(...)
Leia mais...
Homestead no Texas e Novo México.
Mon, Dec 09 2013 21:40h - by eksffa
Hoje tem exatamente 2 anos que criamos nossa empresa americana:
% whois serveru.us | grep Creation
Creation Date: 2013-12-09T13:53:17Z
(...)
Leia mais...
Government employees pay no taxes, but the crime fee.
Mon, May 11 2015 7:37h - by eksffa
If you are a government employee, you don’t pay taxes. No, you don’t pay taxes at all, it’s simple math. You get money which was taken away from productive people. This product of robbery is then, passed in part, to you. You take a share of your part and feed back the robber. That ain’t t no tax. It’s a crime fee, a tariff.
The share you give back to the robber is your fee to be part of the gang. It’s not your money. It’s never been your money in the first place. It’s a money made from someone else’s work, not a value you created. Nobody, in the market, voluntarily paid you 'cos they thought it was a worthy exchange. It’s always been a product of coercion, robbery, you live from.
A government employee never paid tax. Just the gang fee.
Some progressist b.s.
(...)
Leia mais...
Derivando anti-eticidade da ameaça (threat) pela EAH
Tue, Nov 17 2015 0:41h - by eksffa
Segundo Hoppe, se a argumentação, por praxeologia pressupõe uma norma onde os dois lados (interlocutores) exercitam controle sobre seu próprio recurso escasso (corpo) afim de exercer uma disputa sobre algo que não se tem acordo, ou resolver um conflito, então as proposições previstas (prepostas) durante a argumentação, não podem contradizer essa norma sem contradizer com ela mesma. Dessa forma, segundo o próprio H3, apesar de comportamentos agressivos, como a ameaça, serem possíveis, não são justificáveis argumentativamente, sendo portanto, anti-éticos.
Derivar o princípio da não agressão (NAP) da ética argumentativa não é pros fracos.
Pra isso, a ética argumentativa pressupõe absoluta liberdade de deter e continuar mantendo controle sobre seu corpo, pela parte com quem você argumenta, não podendo então negar a outra parte controle sobre sua AP, haja vista que você aceitou argumentar e portando já reconheceu e estabeleceu autoproriedade, não cabendo coagir ou ameacar de coação ou agressão sem realizar uma contradição performática.
Dessa perspectiva, Hoppe deriva e conclui que apenas o NAP da auto-propriedade e o homestead Lockeano podem se justificar em uma argumentação não contraditória.
(...)
Leia mais...
Sobre Hoppe ter refutado Rothbard, e Rothbard ter reconhecido isso.
2017 Sep 23, at 4:23pm - by xffa
Coluna "Libertarian quantum superposition: The ANCAP cat".
Verdadeiramente, ha apenas um tipo de pessoa: os que compreendem logica booleana.
Latinoware 2017 Proceedings. Students for Liberty.
Hackers for Liberty [nontech conference track].
Publicado em 2017 Sep 23, at 4:23pm | 18 comments by Autor Convidado
por Patrick Tracanelli [https://2017.latinoware.org/patrick-l-tracanelli/]
(...)
Leia mais...
Killdozer: 15 anos do lendário ato agorista.
Mon, Jun 4 2018 0:12h - by eksffa
(publicado originalmente em 04/06/2018 no HFL Zine; publicado novamente em 04/06/2019 no A31 HS, facebook e no Principled Libertarian).
Hoje, 04/Jun, é o aniversário de 15 anos do famoso ato agorista libertário lendário, conhecido como Killdozer, ocorrido em 2004.
(...)
Leia mais...
A historia do hacker Joe Stack e o IRS.
Fri, Mar 15 2019 0:00h - by eksffa
(publicado originalmente em 15/02/2019 no HFL Zine; publicado em 19/02/2019 no A31 HS, facebook e lista de discussão).
Há 9 anos atrás, 2010, em um protesto contra impostos, Joseph Stack jogou seu avião contra um centro de arrecadação da receita federal americana (IRS) em Austin, Texas.
Stack nasceu na Pensilvânia em 1956, era engenheiro da computação, hacker (fazia testes de segurança, precursor da atividade de PenTester como conhecemos hoje) e empreendedor. Tinha orgulho de ser independente em diversos aspectos de sua vida e não dependia do estado ou nenhuma grande empresa para pagar suas contas.
(...)
Leia mais...
Imposto é roubo. Mas só na melhor das hipóteses.
Mar 7 2019 16:11h - by eksffa
Imposto é roubo! Todo tipo de imposto, é roubo. Isso é indiscutível. Mas como nem todo roubo é igual, nem todo bandido é igual.
Uma classe especial de bandido, que tem passe livre direto pro inferno, são todos os legisladores brasileiros, e as três gerações seguintes de cada legislador brasileiro (em especial os federais, que são duas casas) que um dia tenham proposto ou votado a favor de taxação sobre qualquer tipo de alimento, medicação ou hospitais.
Imposto sobre comida e saúde é pior que roubo. É deshumano, é tirania.
A comida que alimenta um filho, alimentaria dois, sem impostos no Brasil. A cerveja que o pai toma depois de um dia exaustivo de trabalho custa, em impostos, um litro de leite pros filhos. O leite em pó que alimentaria 3 crianças, só alimenta 2, após taxação.
(...)
Leia mais...
Nenhum positivismo não aceito pelas partes, é legítimo.
Sat, Mar 9 2019 18:10h - by eksffa
Essa eu tive que twittar pra posteridade. As vezes não me contenho em dizer o óbvio quando numa mesa de bar o óbvio está tão distante das pessoas.
Qualquer regra positivada não aceita espontaneamente pelas partes, é ilegítima.
É isso que torna um contrato particular celebrado entre as partes, legítimo, e o juspositivismo estatal não.(...)
Leia mais...Justificação acerca do sufrágio inerente #cantoes
Sun, Oct 20 2019 21:32h - by eksffa
Uma pergunta acusatória me foi confrontada na última semana sobre “this f*** inherent democracy, again!”, quando do Road Show expondo a idéia acerca dos cantões brasileiros. Creio que tanto a crítica quanto o incômodo do interlocutor era justificada, e como houve uma aparente aceitação satisfatória de minha resposta, tomei um tempo para transcrever um pouco mais a razão.
Justificação dos votos de 2/3 dos Cantões
Em Habermas[1], quando encontramos a comunidade comunicativa já formada e estabelecida que outrora tenha tomado decisões importantes e aceitas naquele mundo da vida, há uma compreensão na esfera acerca da qual, sujeitos alcançam um entendimento sobre as outras esferas do sistema social, pela via de processos comunicativos, processos discursivos simples ou em estruturas dialéticas mais complexas (podemos compreender aqui o engajamento axiomático discursivo rothbardiano ou a ética argumentativa hoppeana, a justificação dialógica em van Dun), ou ainda mais complexos em debates estruturados e submetidos à regras e jugos, dentro ou fora do curso do discurso perfeito.
(...)
Leia mais...